Incontinência urinária pós-prostatectomia radical


A Prostatectomia Radical é o tratamento padrão-ouro para o câncer de próstata localizado, sendo recomendado pela maior parte dos urologistas. Apesar dela apresentar bons resultados no controle da doença, a incontinência urinária e a disfunção erétil são suas principais complicações pós-operatórias.

A incontinência urinária afeta o homem substancialmente, levando-o a desânimo, depressão e exclusão social, e tem sido colocada como mais impactante que a disfunção erétil na qualidade de vida do paciente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a IU pós PR tem incidência de 2% a 87% dos casos

A intensidade e duração da incontinência urinária pode ser variável, pois a sua ocorrência é diretamente relacionada ao grau de lesão que ocorreu no esfíncter distal durante o ato cirúrgico. É por esse motivo que alguns pacientes que realizaram a cirurgia não desenvolvem o problema, enquanto outros desenvolvem perda severa de urina.

O tratamento fisioterapêutico nesses casos é para a reabilitação dos músculos do assoalho pélvico. O treinamento dessa musculatura visa melhorar a força e a resistência muscular da região, promovendo assim o fechamento uretral. O tratamento pode ser realizado por meio de exercícios dos músculos do assoalho pélvico, biofeedback, eletroestimulação com eletrodo anal, ou a combinação desses métodos.

Dra. Ana Paula Bispo
Doutorado em Urologia pela UNIFESP
Mestre em Ginecologia pela UNIFESP
Especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico pela UNIFESP

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