Tecnologia a favor do Assoalho Pélvico

Como em toda outra área da saúde, a inovação tecnológica também tem revolucionado os tratamentos das disfunções do assoalho pélvico. Sabe-se que 30% das mulheres não sabem contrair corretamente a sua musculatura do assoalho pélvico e por isso, só os exercícios não resolveriam o problema. Então num primeiro momento, surgiu o uso da eletroestimulação intracavitária como recurso de tratamento, para aumentar a consciência da contração e estimular as unidades motoras. Mais tarde surgiu o famoso biofeedback, a gameterapia e agora a radiofrequência genital.


O biofeedback é uma ferramenta acessória ao tratamento. Por meio de sondas vaginais (manometria) ou eletrodos (eletromiografia) capta-se a contração muscular e essa ação fisiológica é repassada a um software. Logo, conceitua-se como biofeedback a resposta visual e/ou sonora que se obtém de um evento fisiológico, nesse caso a contração muscular. O profissional usará essa resposta para demonstrar ao paciente a sua capacidade de contração e tônus de repouso e estabelecerá metas a serem cumpridas. O biofeedback pode ser usado com telas lúdicas e associado à realidade virtual (gameterapia).


A radiofrequência é um recurso muito utilizado por profissionais da área de dermatologia estética. É uma energia eletromagnética que aplicada ao tecido conjuntivo estimula a produção de colágeno. Recentes estudos da literatura científica têm demonstrado o seu uso na região genital, tanto para o rejuvenescimento genital quanto para as disfunções do assoalho pélvico. Dependendo do protocolo a ser utilizado pelo Fisioterapeuta, pode-se estimular a produção de colágeno em grandes lábios e intróito vaginal, diminuindo a flacidez local, em meato uretral ou na região anal, para os casos de incontinência ou ainda diminuir a tensão nessa região para mulheres que apresentam dispareunia (dor na relação sexual) e vaginismo.